terça-feira, março 20, 2007

Correio Registado


Escreve minha querida, escreve. Fosse eu tão bom a amar como tu a escrever.
Podes sempre derramar a espaços estorias do teu dia a dia, ornadas pela tua extraordinária capacidade de reflexão. Também podes aproveitar esse espaço para falares sobre coisas fúteis, ou outras, de que supões estar mal informada. Ligas-te à net e matas dois coelhos de uma cajadada... ou três: criação, informação e conhecimento... quase um tratado.
A tempos podes falar de mim, ou sobre mim. Com ou sem contemplação. Agradece a máquina, que perfilha novas páginas para consumir nas entranhas da mother board, entre bits e bytes de vocação lógica... será menino ou menina, homem ou mulher?(E Deus! Onde guarda a máquina Deus? Sim porque se somos feitos à Sua imagem deveria a percepção da máquina por nós criada reconhecer a simbiose e aconchegar no desktop um shortcut divino que nos levasse imediatamente a Ele, uma espécie de altar cibernético onde pudéssemos reclamar da sua distracção); agradeço eu, que me encontraria no alinhamento das tuas palavras escritas.
As palavras escritas são mais intensas, pausadas e pensadas, logo, reclamam mais atenção nas entrelinhas. A quantidade de coisas que se podem dizer nas entrelinhas de uma opinião escrita. Se a opinião for criativa e a estética sincopada está-se próximo da poesia. A poesia é quase isso, sistematizar as emoções por forma que o muito que lá não está é induzido pelo suficiente que lá está. Mas a narrativa pode fluir sem preocupações poéticas, ganhando assim a humanidade de quem as escreve e de quem as lê. Sem arte, só pelo prazer de reter e ser retido num momento de escrita, num momento de leitura.
Nunca é compremetedora esta máquina onde depositas horizontalmente as tuas vivências e preocupações. Vendo bem não passa de um depositário pseudo-inteligente que atenta erros de escrita. Fosse o Woord um pidesco manancial programático de virtudes e teríamos ondinhas a vermelho por todo o texto. Mas não é! Podemos sempre despejar verborreia nestas plataformas cor de leite cego, como no romance, e achar que ninguém nos lê. É um descanso.
(Ass. O homem da pizza)

PS: Quem não conhecer o meu homem da pizza recomendo a leitura, pela ordem indicada, das seguintes bicadas:

O meu homem da pizza
Mexericos
Ainda o meu homem da pizza

2 comentários:

Tomahock disse...

Bem... Lá tenho eu outra vez de corrigir qualquer coisa!

Matter Board na realidade escreve-se mother board! A mãe das placas!

Bits está certo, mas bites é o plural de bite que é morder!

Ou seja o que devia querer dizer é byte!

1 byte = 8 bits

E descktop na realidade escreve-se desktop!

Não que queira embirrar! Mas pelo menos a parte dos bits e bytes fazem parte de muitas cadeira ao longo da minha época académica daí eu ter corrigido!

Cumprimentos
[]

Cristalinda disse...

Obrigada tomahock
O inglês não é o forte do meu homem da pizza... e eu, tudo o que seja relativo a computadores, causa-me logo urticária. Vale-nos sermos razoáveis noutras áreas;)
Boas minhocas