segunda-feira, julho 30, 2007

Este Verão proteja o seu homem do Sol


vai-lhe fazer bem à saúde

... e à dele também

Provocação 5

O marido pergunta à mulher:
- Vamos tentar uma posição diferente esta noite?
A mulher respondeu:
- Boa ideia, tu lavas a loiça e eu sento-me no sofá...

quarta-feira, julho 18, 2007

Uma loura disfarçada de ruiva!!!

Pois é. A Cris tirou a mascarilha e as pinturas, virou-se de frente e click. Posou tipo capa de revista, e pelo resultado, passou-lhe uma carreira ao lado. Não fica mal no manequim.
Dizem que o hábito faz o monge, mas de monjas não fala o dito, como tal, nada garante que esta pose corresponda exactamente à pessoa que escreve por detrás do avatar. Mas isso já vocês sabem.
Gostei da mudança de visual, aliás qual é a mulher que não gosta! Ainda para mais quando a mudança é virtual e não acarreta grande despesa em cabeleireiro e afins. Soltou o cabelo, e vá lá, não se deixou tentar pelo louro que o mariconço do cabeleireiro insistiu em lhe impingir. Já alguns artistas da nossa praça não resistem. Que raio de moda esta dos louros e das louras… eu até compreendo que com o aparecimento das brancas o louro seja o tom mais adequado para as esconder, mas ver raparigas e rapazes novos, na pujança da pigmentação, abdicar do tom sedoso e original que a idade lhes permite, para se camuflarem de “palha sueca”, não concebo. Às senhoras na casa dos quarenta, com brancas precoces, o cabelo louro, se bem pintado e devidamente mantido, ainda vá que não vá, agora aos homens, tipo Herman José, surfista d’Azeitão de papelote dourado, é só rir. Há gente que para contrariar a ideia de envelhecimento cai facilmente no ridículo. Com a mesma intenção, já andou por aí a moda do rabo-de-cavalo. Digam-me lá se a seguir ao unhame comprido do dedo mindinho, há algo que nos tire mais a ponta do que um homem de rabo-de-cavalo! Está bem, há, mas olhem que estes estão no topo da lista.
Mas o pior vem depois. Com o passar do tempo, começa a instalar-se a inevitável raiz escura do cabelo original e a mentira vem ao de cima, isto quando as sobrancelhas, o bigode e outras pilosidades não denunciam a mentira anunciada. Instala-se um aspecto desmazelado e até suspeito que obriga a correcções várias para satisfação pessoal do maricas do cabeleireiro. “Quérida não tente cólori a raiz em casa não”, ainda diz o capicuas do brazuca, “seu cabelo é como o arco-íris, é um dom da natureza… só aqui o Migéu Ângelo é que sabe pegá”. E lá caminham eles e elas, incansáveis, para as mãos e as tintas do Migéu Ângelo, verdadeiro patrocinador de anedotas, e o mais curioso é que nem a fama de burras que as louras gozam contraria esta tendência. Isto só pode ter uma justificação, assim como assim, isto é mesmo um país de burros e daí, não fazer o louro qualquer diferença.

(estou proibida de desejar “boas bicadas”, lol)

segunda-feira, julho 16, 2007

Novo rumo


Não foi de ânimo leve que decidi aceitar a responsabilidade editorial do Mulherio. E só o fiz porque vi aceites algumas exigências na reorganização do “berloque”.
Eu e a Achadiça divergimos substancialmente em alguns aspectos gráficos… ambas fizemos cedências. Ela cedeu na colagem do berloque ao galinheiro e às galinhas e eu tive que abdicar da minha intenção de pintar as paredes do casebre de outra cor. Detesto este rosa-carne. Enfim, lá conseguimos um compromisso que salvaguarda os gostos e as intenções das partes. Felizmente a Riça não se prende a estas miudezas estéticas. Logo que me garantam que o berloque não resvale para a idiotice, disse ela. Coitada, ainda não se percebeu que é isso que temos vindo a fazer desde que foi inaugurado.
Discussão à parte, sim discussão, nem imaginam o sarrabulho que foi para nos entendermos quanto às alterações que pretendo impor no Mulherio, mas, dizia eu, discussão à parte, aprovámos algumas alterações que, embora não colidam com a natureza do berloque, vêm reformular aspectos de fachada. Designadamente:

- Extingue-se o MRMCS (Movimento Reivindicativo das Mulheres de Canas de Senhorim) e o cargo de Presidente do Mulherio.
- Cria-se a "figura" de editora à qual compete determinar as linhas gerais na orientação do berloque.
- Acaba a estrutura hierárquica do berloque, assente num regime presidencialista e na pseudo-democracia que vigorou até agora.
- Estabelece-se um regime de liberdade e responsabilidade pessoais, de acordo com as orientações estabelecidas pela editora.
- O galinheiro é definitivamente encerrado. As galinhas residentes perdem essa condição e rompem com toda a simbologia e referências que as associam à espécie. Acabam as bicadas, as minhocas, os repenicos, as posturas, os cacarejos e por aí fora…
- O Mulherio passa a permitir comentários anónimos.

Estas são as principais alterações. Um novo símbolo também está em estudo. Sempre achei aquele muito “penso higiénico”. Só espero que a Achadiça não me venha com retaliações e a Riça com decências puritanas… seja lá o que isto for.
Embora as nossas divergências tenham sido muitas não posso deixar de enaltecer o trabalho da Achadiça como responsável pela gestão do berloque. Ao longo de um ano deu-lhe cor e forma e contribuiu decisivamente para a sua maturação. De igual forma, exalto os textos da Riça. Esperamos poder continuar a contar contigo amiga, e desta vez sem as referências que tu tanto odeias, hehehe!
Pronto, para já é tudo. À noite logo se vê

quinta-feira, julho 12, 2007

Final do mandato

Terminei no pretérito dia 8 de Julho de 2007 o cargo de Presidente do Movimento Reivindicativo das Mulheres de Canas de Senhorim (MRMCS) e, por inerência, a responsabilidade editorial do Mulherio. Julgo ter cumprido cabalmente as funções que me foram confiadas, quer denunciando vícios comportamentais severamente enraizados no consciente e subconsciente masculinos, quer contribuindo eficazmente na estruturação e consolidação do Mulherio. Em articulação com a Cristalinda e a Riça, determinantes no sucesso alcançado, pretendi traçar um rumo de orientação que tornasse o “berloque” mais sério e diferenciado, não obstando a isso o tom jocoso que lhe está na génese.
Foi um mandato tranquilo. Tivemos sempre o cuidado de não exceder o razoável, optando por uma linha moderada, mesmo sabendo que a controvérsia ou a provocação poderiam trazer mais leitores a esta página. Fizemo-lo, porque entendemos que Canas de Senhorim merece um espaço feminino respeitado e respeitador, onde homens e mulheres possam trocar sentimentos e opiniões sem a mácula do desrespeito ou da inconveniência, ao arrepio de abordagens impróprias e de linguagem excessiva. E para isso nada melhor do que dar o exemplo.
Por comparação com outros “berloques” cá da terra verifico que o “Mulherio” poderá ir mais longe, poderá ter mais visitantes. Esse desafio vai ser assumido pela Cristalinda, à qual passei a responsabilidade editorial do Mulherio no passado dia 08 de Julho.
Compete-me agradecer às minhas companheiras o excelente trabalho desenvolvido, desde o espírito de equipa que demonstraram, abdicando muitas vezes da sua vontade própria a favor das disposições saídas do grupo, até à excelente qualidade dos textos por elas publicados. À Riça e à Cristalinda o meu muito obrigada. Sem vocês não seria possível manter o “Mulherio”. E desculpem qualquer coisinha.
Resta-me desejar à Cristalinda o êxito que já antevejo. Estarei sempre ao teu dispor.
Boas bicadas

domingo, julho 08, 2007

Amor

A minha mulher trouxe-me flores, malmequeres, sardinheiras e outras que a sensibilidade e os meus conhecimentos de botânica não alcançam. Antes, ao telefone tinha-lhe dito para irmos jantar fora... não era um jantar com pretensões românticas, era só o corolário de um fim de semana difícil e cumprido. Trouxe-me flores e recusou o convite. É natural, não se investe em flores para consentir intenções de reconhecimento. Olho para elas embevecido, muito aprumadinhas no solitário, que, assim, perdeu o conceito e ganhou a companhia de um rico ramalhete: em baixo, no apoio do rebordo, a sardinheira, pequenina mas carregada de pétalas incrivelmente vermelhas, depois, ligeiramente acima, desencontrados, cinco malmequeres farfalhudos abrem o conjunto, e a rematar, altivo, um bolbo de múltiplas folhas cor-de-rosa, a tal flor cujo nome desconheço, deslumbrante na forma e delicada na cor. Um rosa-leve a fazer o contra-ponto do vermelho-sardinheira que a projecta. E tudo isto roubado do jardim do ex-marido.
Boas minhocas