A Cris agora deu-lhe para a lamentação. Amores perfeitos para aqui, amores imperfeitos para ali, uma coisa que não leva a netos. Anda “crispada” de tão farta, a minha amiga. Nem a primavera a arrebita.
Estou a escrever isto e a pensar nas consequências que podem advir deste texto. Logo agora que ando um pouco ausente e é ela que tem aguentado o galinheiro. Ingrata é o que eu sou. Pronto, aceito.
Mas esta lamechice causa-me fornicoques. Que a malta se queixe de barriga vazia ainda vá que não vá, agora andar aqui a cacarejar de papo cheio, armada em vítima, ai o amor, ai o amor… quase me apetece mandá-la amar para aquele lado que a gente sabe.
Tudo bem, uns textozitos às flores também encaixam, até sabem bem, mas pelo menos que sejam honestos! Se quer escrever sobre desamores desame, não aproveite a eloquência para, de cima dos despojos, a derramar fartura, desancar sobre os desgraçados que lhe enchem a inspiração e outros recantos afortunados.
Disse-me ela este fim-de-semana, adulterando a letra de uma música do Fausto, “grata ventura é queixarmo-nos da muita fartura”. Vinha isto a propósito dos meus textos aqui no berloque que, segundo ela, eram recorrentes em carências e desafectos. Fiquei a pensar na evidência. Esta velhaca de tão satisfeita que anda já só tem olhos para o próprio umbigo. Olha, minha querida, se o gajo da pizza te enche a mula isso não te dá o direito de desdenhares da parca dieta que me cabe. “Mas, então o teu Juvenal não…”. O meu Juvenal não é para aqui chamado… se queres mudar o rumo ao berloque só porque andas veleirinha entre pernas estás muito enganada, ou achas que a tua “coisa” é bitola para a linha do berloque!
Desatou a rir. Ainda hei-de escrever qualquer coisa sobre esta conversa, disse, lançando-me um olhar muito característico nela, terrível, a meio caminho entre a ameaça e a benevolência.
Eu, que conheço as manhas literárias de que ela é capaz, antecipei-me no atrevimento. Quem vai escrever sobre esta conversa sou eu. Bem sei que me vou arrepender, mas não resisti.
Boas bicadas
Estou a escrever isto e a pensar nas consequências que podem advir deste texto. Logo agora que ando um pouco ausente e é ela que tem aguentado o galinheiro. Ingrata é o que eu sou. Pronto, aceito.
Mas esta lamechice causa-me fornicoques. Que a malta se queixe de barriga vazia ainda vá que não vá, agora andar aqui a cacarejar de papo cheio, armada em vítima, ai o amor, ai o amor… quase me apetece mandá-la amar para aquele lado que a gente sabe.
Tudo bem, uns textozitos às flores também encaixam, até sabem bem, mas pelo menos que sejam honestos! Se quer escrever sobre desamores desame, não aproveite a eloquência para, de cima dos despojos, a derramar fartura, desancar sobre os desgraçados que lhe enchem a inspiração e outros recantos afortunados.
Disse-me ela este fim-de-semana, adulterando a letra de uma música do Fausto, “grata ventura é queixarmo-nos da muita fartura”. Vinha isto a propósito dos meus textos aqui no berloque que, segundo ela, eram recorrentes em carências e desafectos. Fiquei a pensar na evidência. Esta velhaca de tão satisfeita que anda já só tem olhos para o próprio umbigo. Olha, minha querida, se o gajo da pizza te enche a mula isso não te dá o direito de desdenhares da parca dieta que me cabe. “Mas, então o teu Juvenal não…”. O meu Juvenal não é para aqui chamado… se queres mudar o rumo ao berloque só porque andas veleirinha entre pernas estás muito enganada, ou achas que a tua “coisa” é bitola para a linha do berloque!
Desatou a rir. Ainda hei-de escrever qualquer coisa sobre esta conversa, disse, lançando-me um olhar muito característico nela, terrível, a meio caminho entre a ameaça e a benevolência.
Eu, que conheço as manhas literárias de que ela é capaz, antecipei-me no atrevimento. Quem vai escrever sobre esta conversa sou eu. Bem sei que me vou arrepender, mas não resisti.
Boas bicadas
2 comentários:
lol
Não sei onde queres chegar com estas intimidades mas vais levar a respectiva resposta... ai vais vais.
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