Estava eu a magicar um comentário ao texto "Delírios" da minha amiga Achadiça, quando reparo que o "Paulo", comentador que me parece ser novato aqui no galinheiro, em poucas palavras, disse aquilo que me ia na alma. Para quem não leu aqui vai:
Paulo disse... "desordens no sono, episódios de alucinações e uma variedade de desconfortos físicos são sintomas de uma síndrome muitas vezes referida como "delirius tremens". Muitas vezes têm origem em hábitos excessivos e continuados de consumo de álcool e acontecem especialmente quando a pessoa afectada é privada desse consumo. Achadiça, retome urgentemente os seus hábitos para que a serenidade lhe devolva a precária sensatez."
Pois é cara amiga, a tua doença pode ter sido gripe, mas as alucinações resultaram da privação etílica que os antibióticos obrigam. Sempre te disse que esses hábitos ainda te trariam dissabores.
Pois eu não fui afectada por nenhuma doença nem sofro ressacas de privação. Entendo perfeitamente os efeitos perversos da maleita que te afectou e, pelos vistos, também vitimou outros pacences que, na tentativa de manter alguma decência perante amigos e familiares de visita, optaram por reduzir substancialmente o habitual consumo de álcool. Claro que, de imediato o organismo estranhou e desencadeou a tal síndrome delírius tremens, fenómeno que vos granjeou percepções ilusórias que no fundo reflectem sintomas de uma crise aguda de desespero e recusa da realidade quando confrontados com evidências incontornáveis.
A Achadiça, inconformada com o fracasso do seu bairro, tenta disfarçar a derrota e escamotear comportamentos, invertendo análises e subvertendo a verdade dos factos.
Na sua argumentação, alega que o Paço ostentava uma frente de marcha blá blá blá blá. Ora o que se podia ver ostensivamente era umas quantas baianas completamente desenquadradas, no espírito e no traje, arrastando farpelas de confecção duvidosa e origem suspeita. Depois, a própria organização da marcha transmitia a ideia de uma completa desunião, tal era o espaço vazio deixado entre os carros e a colocação dispersa dos grupos no cortejo. Às tantas já não se percebia se era o Paço ou alguma produção independente.
Quanto às supostas representações que a Achadiça considera genuínas e criativas, não passaram de fracas e desinspiradas ideias. Ao contrário de anos anteriores, a costumeira equipa do Amef e C.ª, folgou na inspiração e apresentou um carro sem brilho nem cor (exageraram no branco e nem as olheiras do Amef salvaram a pintura).
Não me vou alongar na apreciação dos carros, mas havia um que me pareceu particularmente atraente. Um tractor John Deere de cor verde, série 5015, motor PowerTech com certificado de emissões II, potência de 83 CV. e uma cilindrada de 4,5 litros. Com disposição ergonómica dos comandos, excelente visibilidade periférica (320°) e baixo nível sonoro (inferior a 78 dB).
Pareceu-me que seria efectivamente o único carro decente que o Paço integrava no seu corso, não fora a sua baixa performance sonora ter comprometido o desempenho final em pleno despique. Não é que o raio do tractor, fiel ao seu doce ronronar, se recusou a estrondear devidamente na hora do aperto, obrigando os seus acólitos a remeterem rapidamente Rua do Paço afora, por forma que a vergonha passasse despercebida. Qual compromisso, qual honra, qual carácter! Tivesse este tractor de nova geração os pergaminhos sonoros dos seus antepassados e tão depressa ninguém o tirava dali. Mas estas modernices ecológicas é no que dão. Lá foram debitar os fracos decibeis para onde fosse possível ouvi-los. Vão, vão lá carpir mágoas para o vosso bairro. Adeus e desculpem qualquer coisinha, ehehehe.
Fizemos nós a festa e bem continuada noite dentro, com uma movida fantástica entre o Quebra e o Mercado. A iniciativa levada a cabo pelo Square Impact revelou-se um êxito, comprovando mais uma vez quem detém a iniciativa e torna o nosso carnaval cada vez mais atractivo. A malta do Paço por respeito lá foi dar uma espreitada ao seu baile desejando interiormente que terminasse o mais rápido possível para assim poderem dirigir-se ao Rossio, único local onde efectivamente se vivia o verdadeiro espírito carnavalesco. Entre música, representações de rua, convívio, espectáculos e cavaqueira, as grandes noites do carnaval tiveram lugar no Rossio e prolongaram-se na diversidade das iniciativas que aí se desenrolavam, contagiando com cor, alegria e entusiasmo todos os participantes. Uma verdadeira festa, coroada de sucesso e fantasia.
Mas por esta altura a Achadiça deveria estar a ressacar dos seus delírios, tomando como verdadeiros os falsos vislumbres gloriosos que a sua prodigiosa imaginação entreviu. Pois, minha querida amiga, aconselho-te vivamente uma cura de sono ou então uma terapia exaustiva nos Alcoólicos Anónimos. Acho que há uma consulta em Abravezes. Eu levo-te lá para não prevaricares no caminho :).
Para terminar: pela presença, pela entrega, pelo dinamismo, pela inovação e pelo entusiasmo, viva o meu Rossio adorado.
Boas minhocas
Paulo disse... "desordens no sono, episódios de alucinações e uma variedade de desconfortos físicos são sintomas de uma síndrome muitas vezes referida como "delirius tremens". Muitas vezes têm origem em hábitos excessivos e continuados de consumo de álcool e acontecem especialmente quando a pessoa afectada é privada desse consumo. Achadiça, retome urgentemente os seus hábitos para que a serenidade lhe devolva a precária sensatez."
Pois é cara amiga, a tua doença pode ter sido gripe, mas as alucinações resultaram da privação etílica que os antibióticos obrigam. Sempre te disse que esses hábitos ainda te trariam dissabores.
Pois eu não fui afectada por nenhuma doença nem sofro ressacas de privação. Entendo perfeitamente os efeitos perversos da maleita que te afectou e, pelos vistos, também vitimou outros pacences que, na tentativa de manter alguma decência perante amigos e familiares de visita, optaram por reduzir substancialmente o habitual consumo de álcool. Claro que, de imediato o organismo estranhou e desencadeou a tal síndrome delírius tremens, fenómeno que vos granjeou percepções ilusórias que no fundo reflectem sintomas de uma crise aguda de desespero e recusa da realidade quando confrontados com evidências incontornáveis.
A Achadiça, inconformada com o fracasso do seu bairro, tenta disfarçar a derrota e escamotear comportamentos, invertendo análises e subvertendo a verdade dos factos.
Na sua argumentação, alega que o Paço ostentava uma frente de marcha blá blá blá blá. Ora o que se podia ver ostensivamente era umas quantas baianas completamente desenquadradas, no espírito e no traje, arrastando farpelas de confecção duvidosa e origem suspeita. Depois, a própria organização da marcha transmitia a ideia de uma completa desunião, tal era o espaço vazio deixado entre os carros e a colocação dispersa dos grupos no cortejo. Às tantas já não se percebia se era o Paço ou alguma produção independente.
Quanto às supostas representações que a Achadiça considera genuínas e criativas, não passaram de fracas e desinspiradas ideias. Ao contrário de anos anteriores, a costumeira equipa do Amef e C.ª, folgou na inspiração e apresentou um carro sem brilho nem cor (exageraram no branco e nem as olheiras do Amef salvaram a pintura).
Não me vou alongar na apreciação dos carros, mas havia um que me pareceu particularmente atraente. Um tractor John Deere de cor verde, série 5015, motor PowerTech com certificado de emissões II, potência de 83 CV. e uma cilindrada de 4,5 litros. Com disposição ergonómica dos comandos, excelente visibilidade periférica (320°) e baixo nível sonoro (inferior a 78 dB).
Pareceu-me que seria efectivamente o único carro decente que o Paço integrava no seu corso, não fora a sua baixa performance sonora ter comprometido o desempenho final em pleno despique. Não é que o raio do tractor, fiel ao seu doce ronronar, se recusou a estrondear devidamente na hora do aperto, obrigando os seus acólitos a remeterem rapidamente Rua do Paço afora, por forma que a vergonha passasse despercebida. Qual compromisso, qual honra, qual carácter! Tivesse este tractor de nova geração os pergaminhos sonoros dos seus antepassados e tão depressa ninguém o tirava dali. Mas estas modernices ecológicas é no que dão. Lá foram debitar os fracos decibeis para onde fosse possível ouvi-los. Vão, vão lá carpir mágoas para o vosso bairro. Adeus e desculpem qualquer coisinha, ehehehe.
Fizemos nós a festa e bem continuada noite dentro, com uma movida fantástica entre o Quebra e o Mercado. A iniciativa levada a cabo pelo Square Impact revelou-se um êxito, comprovando mais uma vez quem detém a iniciativa e torna o nosso carnaval cada vez mais atractivo. A malta do Paço por respeito lá foi dar uma espreitada ao seu baile desejando interiormente que terminasse o mais rápido possível para assim poderem dirigir-se ao Rossio, único local onde efectivamente se vivia o verdadeiro espírito carnavalesco. Entre música, representações de rua, convívio, espectáculos e cavaqueira, as grandes noites do carnaval tiveram lugar no Rossio e prolongaram-se na diversidade das iniciativas que aí se desenrolavam, contagiando com cor, alegria e entusiasmo todos os participantes. Uma verdadeira festa, coroada de sucesso e fantasia.
Mas por esta altura a Achadiça deveria estar a ressacar dos seus delírios, tomando como verdadeiros os falsos vislumbres gloriosos que a sua prodigiosa imaginação entreviu. Pois, minha querida amiga, aconselho-te vivamente uma cura de sono ou então uma terapia exaustiva nos Alcoólicos Anónimos. Acho que há uma consulta em Abravezes. Eu levo-te lá para não prevaricares no caminho :).
Para terminar: pela presença, pela entrega, pelo dinamismo, pela inovação e pelo entusiasmo, viva o meu Rossio adorado.
Boas minhocas